O Presidente da República guineense esclarece nomeação do Chefe do Estado-Maior particular

 



O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, esclareceu hoje que o Chefe do Estado-Maior particular, que nomeou na passada sexta-feira, não tem as mesmas funções com as do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.

PR guineense esclarece nomeação de chefe do Estado-Maior particular

Vários setores guineenses têm criticado o facto de Sissoco Embaló ter nomeado o major-general Horta Inta-A seu Chefe do Estado-Maior particular, um dia após ter sido exonerado do cargo de Comandante-Geral da Guarda Nacional.

Numa cerimónia na presidência da República, em que deu posse a Horta Inta-A e perante o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Biague Na N´Tan, o Presidente guineense disse que se sente com "alguma pena" quando constata "alguns cidadãos a confundirem as coisas".

"O Chefe do Estado-Maior particular do Presidente é uma estrutura que existe em todos os países do mundo. O Chefe do Estado-Maior General é o primeiro operacional das Forças Armadas, são duas coisas totalmente diferentes", disse Embaló.

O Presidente guineense acrescentou que "faz pena" quando constata que no seu país "um condutor (de carro) tenta explicar a um médico como deve fazer uma cirurgia" a um doente.

Por ser "Comandante Supremo das Forças Armadas", Umaro Sissoco Embaló disse ter competências para requisitar qualquer elemento da estrutura militar para o coadjuvar na Presidência da República e que foi o que fez com Horta Inta-A.

Na mesma cerimónia deu posse ao também major-general Tomas Djassi, ex-comissário Nacional da Polícia de Ordem Pública (POP) para o cargo de Comandante da Segurança Presidencial.

Umaro Sissoco Embaló observou que as duas nomeações na Presidência da República "não vão acarretar mais custos" ao Orçamento Geral do Estado (OGE) por serem elementos da estrutura das Forças Armadas.

"Os militares recebem de acordo com a sua patente", sublinhou.

Questionado sobre se não receia ser derrubado por um golpe de Estado, a exemplo do que tem acontecido nos países africanos, o Presidente guineense sorriu e disse que estará atento ao general Tomás Djassi.

Ainda em tom irónico, Sissoco Embaló disse não esperar que o seu novo chefe da Segurança Presidencial tente dar um golpe de Estado, numa alusão ao golpe de Estado no Gabão, em 30 de agosto.

"Não estou a ver o general Tomás a fazer golpe de Estado, mas é verdade que está na moda os chefes de segurança presidencial fazerem golpe, mas se o general Tomás o tentar ele que saiba que terá uma resposta dura da minha parte", disse.


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